A Secretaria de Assistência Social e Habitação de Mandirituba, por meio do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), realizou nesta segunda-feira, 20 de janeiro, a distribuição de diversas sacolas com verduras e frutas para famílias que enfrentam situação de vulnerabilidade.
A fome é uma preocupação constante da prefeitura, que trabalha ativamente para minimizar os impactos da insegurança alimentar no município. Por meio de programas como este, que conectam a agricultura familiar à assistência social, a gestão busca não apenas suprir as necessidades básicas das famílias, mas também promover saúde e dignidade.
Além de beneficiar as famílias, o programa fortalece os pequenos agricultores locais, garantindo o escoamento da produção e incentivando o cultivo orgânico, livre de agrotóxicos. Essa ação reforça o compromisso da administração pública em atuar de forma integrada para combater a fome e fomentar o desenvolvimento sustentável da região.
Para Elizabete Monteiro, moradora da Lagoinha, a sacola de alimentos é essencial para reforçar e enriquecer as refeições diárias. Já para Célia, moradora da COHAB, os alimentos orgânicos são mais do que um alívio no orçamento: “Tenho um problema no sangue e consumir alimentos saudáveis tem melhorado muito a minha vida”, afirmou.
O fornecimento desses alimentos faz parte de um programa do Estado do Paraná, em parceria com os municípios. Além de beneficiar as famílias, a iniciativa fortalece os pequenos agricultores que trabalham com produção orgânica em Mandirituba. De acordo com o programa, os alimentos doados devem obrigatoriamente vir da agricultura familiar, garantindo a valorização da produção local e o incentivo ao cultivo sem agrotóxicos.
A Secretária de Assistência Social e Habitação, Rosane Cruz, destacou a importância do envolvimento de toda a comunidade: “Qualquer pessoa ou empresa pode doar, de forma anônima ou não. Basta ter o coração bom e querer colaborar”.
O diretor-geral da Secretaria, Tiago Fantinel, enfatizou que o órgão está promovendo reuniões com empresas, cooperativas e agricultores locais para formar parcerias que ampliem o atendimento à demanda crescente. “Investir na alimentação orgânica é uma forma de garantir uma sociedade mais saudável. Mandirituba, trabalhando junto com as cooperativas rurais, será um exemplo de segurança alimentar para todo o Brasil”, afirmou.
Reforço Extra
Também foram feitas doações de alimentos às famílias atendidas pelo Comitê contra a Fome, que tiveram um reforço especial da Coopervida (Cooperativa de Agricultoras Agroecológicas). A cooperativa realizou o repasse de alimentos adquiridos por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), programa do governo que compra alimentos produzidos pela agricultura familiar. Este programa tem como objetivo garantir uma renda mínima aos pequenos produtores e, posteriormente, direcionar os alimentos para famílias cadastradas.
“É o governo realizando dois trabalhos ao mesmo tempo: alimentando as famílias em situação de vulnerabilidade e ajudando o pequeno agricultor a se manter ativo”, afirmou Inês Fátima Polidoro, tesoureira da Coopervida e integrante da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

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