DEPUTADO ALISSON WANDSCHEER DEFENDE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E INCLUSÃO APÓS FALA DE TRUMP SOBRE AUTISMO
- jornalrotasul
- 23 de set.
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Parlamentar do Paraná contesta declaração do presidente dos Estados Unidos
O deputado estadual Alisson Wandscheer (SD), líder do Bloco Parlamentar da Neurodiversidade na Assembleia Legislativa do Paraná, se manifestou contra as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que associou o autismo ao uso de Tylenol durante a gravidez e à vacinação infantil.
Para Alisson, a fala contradiz décadas de pesquisas e amplia a desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “É extremamente preocupante que líderes globais propaguem informações sem qualquer respaldo científico. Associar vacinas ou o uso de paracetamol na gestação ao autismo não encontra suporte em estudos sérios e acaba colocando em risco tanto pessoas autistas quanto a saúde pública como um todo”, alertou o deputado.
O posicionamento acompanha a resposta oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da agência reguladora dos EUA, a FDA, que reafirmaram não haver evidência de vínculo causal entre o uso de paracetamol (Tylenol) durante a gravidez, vacinas e o desenvolvimento do autismo. “A ciência diz que vacinas são seguras e essenciais e o autismo não é resultado de medicação na gestação. É preciso combater o preconceito e fortalecer o acesso à informação, ao diagnóstico precoce e às políticas públicas de inclusão”, acrescentou o parlamentar, que integrou a comissão especial responsável pela elaboração do pioneiro Código do Autismo do Paraná, legislação referência nacional na defesa dos direitos das pessoas com TEA e famílias atípicas no Estado.
Segundo ele, “o autismo deve conectar pessoas, jamais separar. Precisamos, como sociedade, promover inclusão, respeito e não retroceder no combate à desinformação. O Paraná seguirá avançando com políticas baseadas em ciência, empatia e acolhimento”.

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