O cheiro de lona de freio, o som inconfundível de uma buzina rompendo o silêncio da noite, a paisagem que muda à cada olhar no retrovisor… Inúmeras pessoas e infinitos lugares conhecidos… Um estranho que em questão de instantes parece um velho amigo, amizades feitas em pátios de posto, de espera para carga e descarga, ao redor da caixa de boia. Aquele dia que as coisas não saíram conforme planejado e você está com a cabeça quente… Mas quando entra na cabine, e se senta na boleia, como em um passe de mágica tudo se transforma, um sorriso brota nos lábios e você vê que tudo vale a pena. Se você sente o mesmo que eu, então parabéns, você foi abençoado com o dom de ser motorista de caminhão. Você tem o poder de provocar sentimentos: Alegrias, tristezas, ira, admiração, inveja, e o mais persistente de todos: a saudade. Peço à minha família somente compreensão, pois quem nasceu com esse dom e vício que não se cura. Se eu teimar em parar, talvez não serei a mesma pessoa, estarei perdido em lembranças e saudades e meu sorriso não terá brilho. Sei que fico pouco tempo junto da família, porém estou sempre feliz, pois Deus me concedeu viver fazendo aquilo que eu amo. À todos que admiram essa dura profissão deixo meu sincero obrigado! Ser motorista de caminhão é muito mais que simplesmente dirigir. O Jornal Rota Sul deseja a todos os caminhoneiros e caminhoneiras desse imenso Brasil um FELIZ NATAL, e que em breve essa saudade de casa termine em um caloroso abraço! Texto de autor desconhecido.
MODELO: PAULA RABELLO
FOTÓGRAFO: ALEXANDRE PECCIN
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