No início desta semana, o prefeito João Padeiro juntamente com o Secretario
de Agricultura e Meio Ambiente Moacir Gravi Gonçalves, recebeu em seu
gabinete a gerente regional Denise Melo juntamente com o Instrutor Carlos
Augusto Magon da empresa Souza Cruz, os quais vieram pedir para que o
prefeito converse junto a seus deputados e apoie algumas ações referente a
uma fiscalização mais rigorosa em cima do contrabando de cigarros e também
que o governo crie condições das empresas de cigarro brasileiras praticar um
preço mais baixo, fazendo com que diminua o interesse do consumidor final no
produto do mercado clandestino.
A empresa Souza Cruz vem se consolidando no mercado brasileiro desde
1903, quando o jovem imigrante português Albino Souza Cruz colocou em
funcionamento a primeira máquina do Brasil a produzir cigarros já enrolados
em papel, desde então a empresa vem construindo uma trajetória centenária,
marcada por pioneirismo, inovação e resiliência.
Ao longo dos últimos anos a Souza Cruz, assim como as demais empresas
brasileiras do ramo de cigarro, vêm enfrentando dificuldade para competir com
o mercado de cigarro ilegal no Brasil. Este mercado vem gerando também
vários impactos sociais e econômicos no País. E, o que vem contribuindo para
o fortalecimento deste, são as altas taxas de impostos que as empresas têm
que pagar, fazendo com que o valor final do seu produto tenha um preço
elevado, muito acima do que o produto do mercado ilegal.
O que vem preocupando ainda mais, é que uma parte significativa do volume
do mercado formal migrou para a ilegalidade, no ano de 2011 tinha-se um
volume consumido de 72% que era do mercado legal, contra 28% do mercado
ilegal, mas, ao passar dos anos, esses números foram mudando, onde
chegamos em 2018 com a maioria, cerca de 54% do cigarro consumido no
Brasil ser do mercado ilegal, contra 46% do mercado legal.
A assimetria tributária entre Brasil e Paraguai, por exemplo, fomenta a
ilegalidade e põe em risco a sustentabilidade da indústria formal no país. Pois o
contrabando de cigarros causa o aumento da criminalidade, evasão fiscal, risco
a saúde, pois o consumidor não sabe se tem algum tipo de mistura e que tipo
de produto está no meio do cigarro que está consumindo e também aumenta o
índice de desemprego.
O Brasil já é o maior mercado ilegal de cigarros do mundo. Segundo o Ibope,
em 2018 foram consumidos 54,4 bilhões de cigarros ilícitos no país, em
consequência disto, o país deixou de arrecadar mais de R$40 bilhões em
impostos nos últimos anos.
Em síntese, o mercado clandestino de cigarros no Brasil gerou R$44 bi de
perdas em evasão tributária na indústria de cigarros ao longo dos últimos 6
anos, fomentou crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e conexos,
acarretou diversas infrações sanitárias, pois os cigarros comercializados nesse
mercado ilegal não possuem registro na ANVISA e ainda diminuiu cerca de 30
mil empregos formais, impactando nas cadeias de produtores de tabaco e de
varejistas.
Segundo um levantamento feito pela Souza Cruz através dos dados
disponibilizados pelo Ibope, o mercado ilegal no Paraná é o maior da região,
movimentando R$549 milhões ao ano. A estimativa de perda do estado em
2018 é de R$292 milhões de arrecadação (ICMS) devido a evasão fiscal.
Apresentando todos esses dados os representantes da empresa solicitaram ao
prefeito que ele manifeste apoio junto ao governo para que haja uma
fiscalização mais assídua contra esse mercado ilegal e também que haja um
programa de incentivo e eles consigam praticar um preço melhor “entendo que
temos que apoiar todas as causas em defesa ao tabaco, pois é uma das
principais fontes de renda em nosso município, e o carro chefe no sustento de
muitas famílias que residem na área rural. Se as grandes empresas
enfrentarem problemas na comercialização do seu produto, quem sofrerá as
consequências será o produtor que terá que vender o tabaco por um preço
muito abaixo. É por isso que estarei procurando os deputados que sempre nos
apoiaram para nos ajudar em mais essa causa em prol dos produtores rurais”,
comentou João Padeiro.
Somente em Piên, a empresa Souza Cruz tem 360 produtores cadastrados, cada um produzindo em média 7,5 toneladas de tabaco por ano, o que em 2018 gerou cerca de R$31 milhões. A administração publica municipal vem buscando apoiar e fomentar o setor agrícola de Piên, e com certeza não medirá esforços para dar sua contribuição junto aos produtores rurais.
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