Aos 53 anos, eles não conseguiram receber o imunizante no posto do Lago Sul enquanto estiveram com cartolinas com frases contra o presidente
Um casal relatou a imprensa ter enfrentado dificuldade para se vacinar contra a Covid-19 no posto da Policlínica do Lago Sul, na QI 21, por terem levado cartazes com protestos contra o governo federal. Marido e esposa dizem que só conseguiram receber o imunizante após guardarem as cartolinas com as críticas.
Os dois, que têm 53 anos, agendaram a primeira dose da vacina na última segunda-feira (14/6), no período da tarde. Eles denunciam que, ao chegar a vez deles no drive-thru, profissionais se negaram a aplicar a vacina enquanto ambos segurassem os cartazes que continham críticas com alusão ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
“Nós marcamos de ir no mesmo local, no mesmo dia, das 14h30 às 15h30. Preparamos cartazes com dizeres como: ‘500 mil mortes com a sua digital’, ‘ele não’. Mas nem tinha o nome do presidente”, conta o homem, que é servidor público e pediu para não ser identificado, por medo de represálias.
“Quando chegou a nossa vez, descemos do carro para fotografar o momento da vacinação. Nessa hora, a vacinadora falou: ‘Com o cartaz eu não vacino’. Ainda disse: ‘deixa eu ver o cartaz’ e depois repetiu que não vacinaria. A gente disse que iria tirar foto só da gente, que ela não apareceria, mas ela saiu nervosa. Depois, veio outro cidadão, que não sei se era o chefe, mas parecia ser. Ele disse: ‘o senhor está entendendo? Não pode. A gente aqui não faz política partidária'”, narra o marido.
Por: Ana Karolline Rodrigues
Metrópoles DF
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